NÓS SOMOS CAPAZES DE FAZER O NOSSO MELHOR! WE ARE ABLE TO DO OUR BEST!
WE ARE ABLE TO DO OUR BEST! “É das coisas, que os sonhos são feitos.” It is about things, that dreams are made." (William Shakespeare
sábado, dezembro 13, 2025
"What would your age be if you didn't know how old you are?" (Confucius)
"What would your age be if you didn't know how old you are?"
(Confucius)
We all have the perception that respect for the elderly has decreased in today's society, and this is shared by many. Data confirms that age discrimination, or ageism, is a real and structural problem. A study by the World Health Organization (WHO) indicated that 60% of the population believes that the elderly are not respected. As Eça de Queiros said: "Don't be afraid to think differently from others, be afraid to think the same and discover that everyone is wrong."
Sometimes we forget that true greatness lies in the ability to treat everyone with equal consideration and respect, but respect should not be confused with tolerance, since no one is obliged to accept everything. A phrase attributed to Oscar Wilde says that, "old people believe everything, middle-aged people suspect everything, young people know everything."
Some say, and it's true, that self-esteem is essential at all stages of life. From youth to old age, how we see ourselves influences our health, well-being, and relationships. For many people, aging can be challenging in terms of self-confidence – whether due to physical changes or the loss of some autonomy. But aging can also be synonymous with strength, wisdom, and beauty. Therefore, respect and admire the elderly, because if you are lucky, very lucky indeed, one day you may be one of them. And don't forget that, as Abraham Lincoln said, "In the end, it's not the years in your life that count. It's the life in your years."
“Qual seria a sua idade se não soubesse quantos anos tem?” (Confúcio)
“Qual seria a sua idade se não soubesse quantos anos tem?”
(Confúcio)
Todos temos a perceção de que o respeito pelos idosos diminuiu na sociedade actual e é partilhada por muitos, e os dados confirmam que a discriminação por idade, ou etarismo, é um problema real e estrutural. Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou que 60% da população considera que os idosos não são respeitados. Como disse Eça de Queiros:“Não tenha medo de pensar diferente dos outros, tenha medo de pensar igual e descobrir que todos estão errados.”
Por vezes esquecemo-nos que a verdadeira grandeza reside na habilidade de tratar todos com igual consideração e respeito, mas o respeito não deve ser confundido com a tolerância, uma vez que ninguém é obrigado a aceitar tudo. Uma frase que é atribuída a Oscar Wilde diz que, “os velhos acreditam em tudo, as pessoas de meia idade suspeitam de tudo, os jovens sabem tudo.”
Há quem diga e é a verdade que a autoestima é essencial em todas as fases da vida. Desde a juventude até à velhice, a forma como nos vemos influencia a nossa saúde, o nosso bem-estar e as nossas relações. Para muitas pessoas, o envelhecimento pode ser desafiante relativamente à autoconfiança – quer seja pelas mudanças físicas, quer pela perda de alguma autonomia. Mas envelhecer também pode ser sinónimo de força, sabedoria e beleza. Por isso, respeite e admire os idosos, pois se tiver sorte, mas muita sorte mesmo, um dia poderá ser um deles. E não esqueça que como disse Abraham Lincoln:“No fim, não são os anos na tua vida que contam. É a vida nos teus anos”.
segunda-feira, dezembro 08, 2025
DEVASTATORS VERSUS DEVASTATION
DEVASTATORS VERSUS DEVASTATION
It's normal, like everyone else, to complain from time to time in my life. For example, when the day is too hot or cold, if we get stuck in traffic, or in any queue, I would write "queue," whether at a bank or a large store, etc. That's normal.
However, many people have this habit as commonplace and habitual in their lives, and complain even without any apparent reason. This happens, in general, in our society!
Today I'm going to complain too!!! (I witnessed this situation directly on Sunday, December 7, 2025) I don't forget that, in the words of Horace Walpole: "The world is a tragedy for those who feel, but a comedy for those who think." And so everyone, in general, agrees with me in considering that the word "devastation" is often associated with environmental destruction, and whoever does it is a "devastator"! That is... to avoid writing "destroyer."
Time passes as it may, but those who have left this "world" will never be forgotten, although the way their absence is faced, accepted, or adapted to will be different. It is only to remember the passing of someone (grandfather, father, husband, brother, daughter, son, son-in-law, brother-in-law, and uncle) a few days ago, who want to be at peace, that there are elderly people over 90 years old living in that place who need to live peacefully, that young people living in that place who seek calm and quiet and who have been disturbed by the "noise," without any warning, "deafening." That's how we go in this country!!!!
In reality, the people who had to leave here in their lives always come back and experience a feeling of belonging to this place. But here people still like to share their cabbages, potatoes, etc.
This "long-winded complaint" has gone on for a long time, and few people actually read it... even those responsible to whom it's dedicated, and they certainly don't make decisions... because the supposed harm has already been done... that's where they're wrong... but it's the citizens who pay the price!!!!
"Between what the breeze brings and the hour,
Between what was and what the soul does,
My hidden being no longer cries
Between the hour and what the breeze brings.
Everything was not, everything is ignored.
Everything silently dissolves."
(Fernando Pessoa)
DEVASTADORES VERSUS DEVASTAÇÃO
DEVASTADORES VERSUS DEVASTAÇÃO
É normal, como toda a gente, fazer algumas reclamações de vez em quando na minha vida. Por exemplo, quando o dia está muito quente ou frio, se ficamos presos no trânsito, ou em qualquer fila, ia escrever “bicha”, seja de um banco ou uma grande superfície etc. Isto é normal.
No entanto, muitas pessoas têm esse hábito como corriqueiro e habitual nas suas vidas, e reclamam mesmo sem ter qualquer motivo aparente. Isto acontece, na generalidade, na nossa sociedade!
Hoje também vou reclamar!!!(constatei esta situação directamente no domingo dia 7 de Dezembro de 2025) Não me esqueço que no dizer de Horace Walpole: "O mundo é uma tragédia para aqueles que sentem, mas uma comédia para aqueles que pensam." E assim sendo todos, no geral me acompanham ao considerar que a palavra “devastação”, é frequentemente associada à uma destruição ambiental, e quem a faz é um “devastador”! Isto é .. para não escrever “destruidor”.
Passe o tempo como passar, mas quem deixou este “mundo” nunca será esquecido, embora a forma como é encarada a sua ausência, aceitamos ou temos que nos adaptar que será diferente. É só para relembrar o falecimento de alguém (avô, pai, marido, irmão , filha, filho, genro, cunhado e tio) há pouco dias, que querem estar sossegados, que há a viver naquele lugar idosos com mais de 90 anos, que precisam de viver sossegados, que vivem naquele lugar jovens que buscam a calma e o sossego e que o “barulho”, sem qualquer aviso, “ensurcedor” veio perturbar. É assim que caminhamos neste país!!!!
Na realidade as pessoas que tiveram, nas suas vidas, que sair daqui, voltam sempre e experimentam um sentimento de pertença a este local. Mas aqui as pessoas continuam a gostar de partilhar as suas couves, batatas etc.
Já vai longa esta “lenga-lenga de reclamações” que de certo poucas pessoas lêem…mesmo os responsáveis a quem são dedicadas e, de certo não tomam decisões…..porque o pretenso mal já está feito…..aí é que se enganam…mas os cidadãos é que pagam!!!!
“Entre o que a brisa traz e a hora,
Entre o que foi e o que a alma faz,
Meu ser oculto já não chora
Entre a hora e o que a brisa traz.
Tudo não foi, tudo se ignora.
Tudo em silêncio se desfaz.”
(Fernando Pessoa)
domingo, novembro 23, 2025
Today I'm taking my Junior for a walk!
Today I'm taking my Junior for a walk!
We have no doubt that the affection and loyalty of dogs are genuine and awaken the best feelings in those who live with them! Who has never been sad and, upon receiving a "lick," found themselves smiling at that moment? Or been tired but found the strength to play in their backyard with their canine friend? Only those who have them know that this is the truth and a reality. As Henry Miller said, "One's destiny is never a place, but a new way of seeing things."
When we change our habits, thought patterns, and the way we express ourselves, we can create a more positive reality for ourselves, even if nothing has changed externally. "Nothing develops our intelligence more than a walk with our dog." (Emile Zola)
In reality, we know that not everyone likes to go for walks. But we all have dreams. And if we don't, something is wrong. So, we have to try to achieve them, in every way within our reach, and not now, when we are almost at the end of our lives, complain about not having fought for what we wanted and not having dedicated the time we considered sufficient to family and friends. Time doesn't stop. Either we seize opportunities, or one day we will be thinking about what we could have done with our lives and didn't do because we didn't have enough courage. As José Saramago said: "The end of one journey is only the beginning of another."
Hoje passeio com o meu Júnior!
Hoje passeio com o meu Júnior!
Não temos qualquer dúvidas que o carinho e a fidelidade dos cães são verdadeiros e despertam o melhor dos sentimentos em quem convive com eles! Quem nunca esteve triste e, ao levar um “lambeijo”, se viu nesse momento a sorrir? Ou estava cansado, mas encontrou forças para brincar, no seu quintal com seu amigo cão? Só quem os tem sabe que isto é a verdade e uma realidade. Como disse Henry Miller:“O destino de alguém nunca é um lugar, mas uma nova maneira de ver as coisas.”
Quando mudamos os nossos hábitos, padrões de pensamento e a forma como nos expressamos, podemos criar uma realidade mais positiva para nós mesmos, mesmo que nada tenha mudado externamente. “Nada desenvolve mais a nossa inteligência como um passeio com o nosso cão.” (Emile Zola)
Na realidade sabemos que nem todos gostam de passear. Mas todos temos sonhos. E se não temos, algo está errado. Então, temos de tentar realizá-los, de todas as formas ao nosso alcance, e não agora que estamos quase no fim da nossa vida, queixarmo-nos de não termos lutado por aquilo que queríamos e por não termos dedicado o tempo que considerávamos suficiente à família e amigos. O tempo não para. Ou nós agarramos as oportunidades, ou qualquer dia estaremos a pensar no que poderíamos ter feito com a nossa vida e que não o fizemos por não termos tido a coragem suficiente. Como disse José Saramago : "O fim de uma viagem é apenas o começo de uma outra”.
domingo, novembro 02, 2025
"Within us there is something that has no name, that thing is what we are." (José Saramago)
"Within us there is something that has no name, that thing is what we are." (José Saramago)
As is generally the case in life today, we live by perceptions, not only in politics, and perception ends up generating trust in everything around us. In fact, we live surrounded by a lot of "knowledge," but in a society isolated from curiosity. Disinterest has become the greatest ally of misinformation. Disinterest grows, and with it, misinformation flourishes – when curiosity disappears, the truth ceases to matter, and we continue to witness a society submerged in misinformation, fueled by collective apathy – the lack of curiosity and interest on the part of people creates a fertile environment for the spread of fake news.
From a certain point in our lives, we have to analyze what makes us happy and from there, work towards it. Time doesn't stop for us to think about life and decide what we are going to do with it. We should all know that the hands of the clock never move backward, and the sooner we become aware of this, the better.
In fact, reflecting on time and life is a daily exercise. It helps to evaluate past choices and experiences and to plan the future we so desire. We are reminded of a famous phrase: "All we have to decide is what to do with the time that is given to us," from the character Gandalf in J.R.R. Tolkien's "The Lord of the Rings." This phrase reflects the importance of using time consciously and intentionally to make important decisions about our lives.
We are fully aware that misinformation does not stem from a lack of knowledge, but from a lack of interest in seeking it. Social media and the press disseminate this disconnect, favoring sensationalism and controversy, because today emotion is worth more than evidence. And so, in a world accustomed to and encouraged not to question, critical thinking becomes a species at risk. We live in an era where we are constantly bombarded with information — on social media, in the media, in everyday conversations. We have never had so much access to knowledge, and, paradoxically, we have never been so exposed to misinformation, prejudice, and manipulation of opinions. It is in this scenario that critical thinking reveals itself not only as a useful skill, but as a true tool for intellectual survival. Thinking critically is more than knowing how to reason — it is knowing how to question, analyze, reflect, and decide autonomously.
Critical thinking is the ability to rationally, logically, and independently analyze the ideas, information, and arguments we encounter. It is not about being contrarian, nor about doubting everything, but about being able to clearly assess what is presented to us before accepting or rejecting something as true. In short, critical thinking is the basis of intellectual freedom. Without it, we risk accepting ready-made ideas, reproducing prejudices, and living according to logics we did not choose. With it, we have more tools to live consciously, coherently, and informedly. "Do whatever it takes to be happy. But don't forget that happiness is a simple feeling; you can find it and let it go without realizing its simplicity." (Martha Medeiros)
"Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos." (José Saramago)
"Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos." (José Saramago)
Como acontece ,no geral, na vida de hoje, vivemos de percepções, não só na politica, e a percepção acaba por gerar a confiança em tudo o que nos rodeia. Na verdade vivemos cercados por muitos “conhecimentos”, mas numa sociedade isolada da curiosidade. O desinteresse tornou-se o maior aliado da desinformação. O desinteresse cresce, e com ele, a desinformação floresce – quando a curiosidade desaparece, a verdade deixa de importar, e continuamos a assistir a uma sociedade submersa em desinformação, alimentada por uma apatia coletiva - a falta de curiosidade e de interesse por parte das pessoas cria um ambiente fértil para a propagação de notícias falsas.
A partir de uma certa altura das nossas vidas, temos de analisar aquilo que nos faz felizes e a partir daí, trabalhar para isso. O tempo não para, para nós pensarmos na vida e decidirmos o que havemos de fazer com ela. Todos devemos saber que os ponteiros do relógio, nunca andam para trás e quanto mais cedo tomarmos consciência disto, melhor.
Na verdade refletir sobre o tempo e a vida é um exercício diário. Ajuda a avaliar as escolhas e experiências do passado e a planear o futuro que tanto desejamos. Relembramos uma frase famosa: "Tudo o que temos de decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado", do personagem Gandalf na obra "O Senhor dos Anéis" de J.R.R. Tolkien. Esta frase reflete a importância de usar o tempo de forma consciente e intencional para tomar decisões importantes sobre a nossa vida.
Temos plena consciência que a desinformação não nasce da ausência de conhecimento, mas da ausência de interesse em procurá-lo, as redes sociais e a imprensa disseminam esse afastamento, privilegiando o sensacionalismo e a controvérsia, porque hoje a emoção vale mais que a evidência. E assim, num mundo habituado e incentivado a não questionar, o pensamento crítico torna-se numa espécie em risco. Vivemos numa era em que somos constantemente bombardeados por informação — nas redes sociais, nos meios de comunicação, nas conversas do dia a dia. Nunca tivemos tanto acesso ao conhecimento, e, paradoxalmente, nunca estivemos tão expostos à desinformação, aos preconceitos e à manipulação de opiniões. É neste cenário que o pensamento crítico se revela não apenas como uma competência útil, mas como uma verdadeira ferramenta de sobrevivência intelectual. Pensar criticamente é mais do que saber raciocinar — é saber questionar, analisar, refletir e decidir com autonomia.
O pensamento crítico é a capacidade de analisar de forma racional, lógica e independente as ideias, informações e argumentos com que nos deparamos. Não se trata de ser do contra, nem de duvidar de tudo, mas sim de ser capaz de avaliar com clareza o que nos é apresentado antes de aceitar ou rejeitar algo como verdadeiro. Resumindo, o pensamento crítico é a base da liberdade intelectual. Sem ele, corremos o risco de aceitar ideias feitas, reproduzir preconceitos e viver segundo lógicas que não escolhemos. Com ele, temos mais ferramentas para viver de forma consciente, coerente e informada. “Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.”(Martha Medeiros)
domingo, setembro 28, 2025
BECAUSE WE CHANGE OUR MINDS!!!
BECAUSE WE CHANGE OUR MINDS!!!
“We have always believed that changing our minds is an improvement, bringing greater authenticity to our relationships with the world and with other people. It puts an end to vacillation, uncertainty, and weakness of spirit. It seems to make us stronger and more mature. Is that right?” (Julian Barnes)
There are times when we are faced with a question that for many, or almost everyone, is somewhat disconcerting: do we change our minds for rational reasons, because the facts change, or for emotional reasons? Or is it, as Julian Barnes said, “because certain areas of facts and feelings that were previously unknown to us have suddenly become clear; or is it because the emotional landscape has altered”? As Keynes said in his Keynesian thesis: “When facts change, we change our minds!” But to support an opposing view, Barnes resorts to humor and quotes Francis Picabia: “Our heads are round so that our ideas can change direction.” I would say there are options for everyone! Contrary to what some who take the time to read this far might think, I will not, of course, enter into or begin a so-called philosophical debate, especially because I feel I lack the competence to do so. However, I cannot resist, with some recklessness, attempting a reflection on other fronts.
The "gesture" of changing one's mind, whether through reason, emotion, or a combination of the two, or even through some particular synthesis of reason and emotion, possesses an intimate and even political duality, as it reflects the individual's capacity to process information and feel, while also highlighting the individual's interaction within the collective and the social and political context that surrounds them. It is a process that involves both introspection and expression, which makes it a deeply personal and, at the same time, inherently public phenomenon. It is an act of self-awareness, where the individual recognizes their own feelings and the impact they have on their perspectives and decisions, which makes it a deeply personal and, at the same time, inherently public phenomenon. It becomes clear that, for us to be able to change our minds, we must (it should be redundant to say) be exposed to ideas and views different from our own! In the words of Blaise Pascal: "I am not ashamed to change my mind, because I am not ashamed to think."
I want to remind those who haven't yet considered this that changing our minds always begins as a painful exercise, which presupposes that each of us has the humility and persistence necessary to accept the inevitable discomfort that always arises from confronting contradictions and shaking our most secure certainties. The famous phrase: "I may not agree with what you say, but I will defend to the death your right to say it" was written by Evelyn Beatrice Hall to summarize Voltaire's thinking on freedom of expression. It is a phrase that expresses the uncompromising defense of people's right to express their opinions, even if they contradict our own. “Change is the law of life. And those who only look to the past or the present will surely miss the future.” (John Kennedy)
PORQUE MUDAMOS DE IDEIAS!!
PORQUE MUDAMOS DE IDEIAS!!!
“Sempre acreditámos que mudar de ideias é uma melhoria, trazendo maior autenticidade às nossas relações com o mundo e com as outras pessoas. Põe fim à vacilação, à incerteza, à fraqueza de espírito. Parece que nos torna mais fortes e maduros. Será mesmo assim?” (Julian Barnes)
Há momentos que nos confrontamo-nos com uma questão que para muitos, ou quase todos é algo desconcertante: mudamos de ideias por razões racionais, porque os factos mudam, ou por razões emocionais? Ou será como disse Julian Barnes , “porque certas áreas dos factos e dos sentimentos que até então nos eram desconhecidas se tornaram subitamente claras; ou será porque a paisagem emocional se alterou”? Como disse Keynes, na sua tese keynesiana:”Quando os factos mudam, nós mudamos de opinião!”, mas para suportar uma opinião inversa, Barnes recorre ao humor, e cita Francis Picabia:” As nossas cabeças são redondas para que as nossas ideias possam mudar de direcção.” Eu diria que há opções para todos os gostos!
Ao contrário do que alguns, que se dão ao trabalho de uma leitura até aqui, podem pensar, não vou, naturalmente, entrar ou começar um pretenso debate filosófico, até porque me sinto não ter competência para tal, mas não resisto ainda assim com alguma imprudência, a tentar uma reflexão em direcção a outras paragens.
É que o “gesto” de mudar de ideias, seja por via da razão, da emoção ou de uma combinação das duas, seja ainda por uma qualquer síntese particular entre razão e emoção, possui uma dualidade íntima e até política, pois reflete a capacidade individual de processar informação e sentir, ao mesmo tempo que evidencia a interação do indivíduo no colectivo e no contexto social e político que o rodeia. É um processo que envolve tanto a introspeção quanto a expressão, o que o torna um fenómeno profundamente pessoal e, ao mesmo tempo, inerentemente público. É um acto de autoconsciência, onde o indivíduo reconhece os seus próprios sentimentos e o impacto que estes têm nas suas perspetivas e decisões, o que o torna um fenómeno profundamente pessoal e, ao mesmo tempo, inerentemente público. Torna-se evidente que, para que seja possível que mudemos de ideias, é preciso (devia ser redundante dizê-lo) que sejamos expostos a ideias e a visões diferentes das nossas! No dizer de Blaise Pascal:” Não tenho vergonha de mudar de ideias, porque não tenho vergonha de pensar."
Quero relembrar, para os que ainda não tinham pensado nisso, que mudar de ideias começa sempre por ser um exercício doloroso, o que pressupõe que tenhamos, cada um de nós, a humildade e a persistência necessárias para aceitar o inevitável desconforto que sempre nasce do confronto com o contraditório e do abalar das certezas mais seguras. A famosa frase: "Posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lo" foi escrita por Evelyn Beatrice Hall para resumir o pensamento de Voltaire sobre a liberdade de expressão. É uma frase que expressa a defesa intransigente do direito de as pessoas manifestarem as suas opiniões, mesmo que estas sejam contrárias às nossas. “A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro.”(John Kennedy)
sexta-feira, setembro 05, 2025
Who am I?
Who am I? Discovering who we are is a phase of self-discovery that helps us understand our values, dreams, and motivations. Someone once told me that I "am very reserved in expressing my opinions." It's possible I gave that impression, but it's not to remain neutral!!! The reason is simple—I want to hear the opinions of others!!! After all, understanding others, to the extent of their inequalities, is to live in an environment of support and reciprocity, as Franz Kafka said: "Solidarity is the feeling that best expresses respect for human dignity."
Some say, and this is true, that we are a generation that dies inside but keeps smiling; we suffer in silence but pretend everything is fine;
we live surrounded by people, but still, sometimes, we feel alone; we appear strong, but we crumble alone with our pillow.
We are a generation more prepared to hide feelings. And that's depressing! Don't be sad when no one notices the good things you've done. After all, the sun puts on a huge show when it rises, and yet most of us remain asleep. "Our greatest weakness lies in giving up. The surest way to succeed is to try, always, one more time." (Thomas Edison)
We should all know that there are no immediate solutions. We must seek solutions that mitigate overconfidence or, at least, confront people with our perceptions (it's what's in fashion...) – after all, a perception is just a perception, knowing that people's satisfaction is much more related to perception than to understanding! "We must discover security within ourselves. During the short span of our lives, we must find our own criteria for relating to the existence in which we so fleetingly participate." (Boris Pasternak)
We almost always attach what we know about people's bodies to what we know about them and then assume they are truly what we know about them, when they are very different and are more of what we don't know than what we do know. We must learn to resist this misperception. "We don't see things as they are, we see them as we are. They say time changes things, but we are the ones who have to change." (Anais Nin)
But after all, "who am I?" There is a quote attributed to Clarice Lispector that, in our opinion, reflects the multifaceted nature of people and the influence of the environment and social interactions on self-perception: "I am as you see me. I can be as light as a breeze or as strong as a gale, depending on when and how you see me pass by." On the other hand, in exploring complexity and self-knowledge, Ortega y Gasset gives as examples: "I am myself and my circumstances, and if I don't save them, I won't save myself."
uem sou eu?
Quem sou eu? Descobrir quem somos é uma fase de autoconhecimento que nos ajuda a compreender os nossos valores, sonhos e motivações. Alguém já me disse que eu “sou muito contido em expressar as minhas opiniões”, é possível que dei essa impressão, mas não será para me manter neutral!!! A razão é simples – quero ouvir a opinião dos outros e das outras!!! Afinal, compreender os outros ou as outras, na medida das suas desigualdades, é viver num ambiente de apoio e reciprocidade, como disse Franz Kafka: “A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana.”
Há quem diga, e essa é uma realidade, que somos uma geração que morre por dentro, mas continua a sorrir, sofremos em silêncio mas fingimos estar tudo bem;
vivemos rodeado por pessoas, mas ainda, por vezes, nos sentimos sozinhos; aparentamos ser fortes, mas desmoronamos a sós com o nosso travesseiro.
Somos uma geração mais preparada para esconder sentimentos. E isto é deprimente! Não fique triste quando ninguém notar o que fez de bom. Afinal, o Sol faz um enorme espectáculo ao nascer, e mesmo assim, a maioria de nós continua a dormir. “A nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de vencer é tentar, sempre, mais uma vez.”(Thomas Edison)
Todos nós devemos saber que não há soluções de aplicação imediata, temos de procurar encontrar soluções que atenuem o excesso de confiança ou, pelo menos, confrontar as pessoas com as nossas percepções, ( é o que esta na moda…) – afinal uma percepção é apenas uma percepção, sabendo que a satisfação que as pessoas têm está muito mais relacionada com a percepção do que com a compreensão!“Temos de descobrir segurança dentro de nós próprios. Durante o curto espaço de tempo da nossa vida precisamos encontrar o nosso próprio critério de relações com a existência em que participamos tão transitoriamente.”(Boris Pasternak)
Quase sempre colamos as corpos das pessoas aquilo que sabemos sobre elas e depois achamos que elas são mesmo aquilo que sabemos sobre elas, quando elas são muito diferentes e são mais do que não sabemos do que aquilo que sabemos. Temos de aprender a resistir a este erro de percepção. “ Nós não vemos as coisas como elas são, vemo-las como nós somos. Dizem que o tempo muda as coisas, mas quem tem que as mudar somos nós . “(Anais Nin)
Mas afinal "quem sou eu?" Há uma frase atribuída a Clarice Lispector que, na nossa opinião, reflete a natureza multifacetada das pessoas e a influência do ambiente e das interações sociais na percepção de si mesmo, "Sou como me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como me vê passar". Por outro lado na exploração da complexidade e do autoconhecimento, Ortega y Gasset dá como exemplos "Eu sou eu e a minha circunstância, e se não a salvo a ela, não me salvo a mim"
terça-feira, agosto 26, 2025
"No one is the same as anyone else. Every human being is a unique stranger." (Carlos Drummond de Andrade)
"No one is the same as anyone else. Every human being is a unique stranger." (Carlos Drummond de Andrade)
We are becoming increasingly demanding, we like to remain silent because we need to listen to and respect ourselves. We feel we have to face a new reality every day, with a growing unease due to a feeling, or perhaps our own impression, that "human beings are very strange"—a phrase of uncertain authorship, or someone's reflection, upon noticing hypocrisy and a lack of empathy, such as the attitude of turning one's back on those in need of help. It is this so-called reality that is beginning to emerge, leaving us deeply concerned, as we are beginning to witness a regression in the values and principles we face. It's good to rethink this while we're alive! This singularity, and sometimes the irrationality and hypocrisy that make people "strange" in the eyes of others, tells us that this isn't a problem, but we're certain that something is wrong—but how can we know if we don't try to find a solution? As Albert Einstein said, "You cannot find the solution to a problem using the same consciousness that created the problem. You must raise your consciousness." The act of not giving up is not and never has been in question, as highlighted in quotes about persistence; it is what allows us to reach a solution, even if it takes time. There is a maxim of Socrates, which is worth remembering here: "I only know that I know nothing, and the fact of knowing this gives me an advantage over those who think they know something." This phrase exemplifies, in our opinion, the idea that recognizing ignorance is the first step in the search for knowledge and, consequently, a solution, the importance of a life with meaning and significance and the need to transform ourselves when we cannot change the circumstances that surround us. “ During our lives: We meet people who come and stay, others who come and pass.
“Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.”(Carlos Drummond de Andrade )
“Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.”(Carlos Drummond de Andrade )
Tornamo-nos cada vez mais exigentes, gostamos de estar em silêncio, porque precisamos de nos ouvir e de nos respeitar. Sentimos que temos de afrontar uma nova realidade todos os dias de hoje, com uma progressiva intranquilidade devido a sentirmos uma sensação, ou é impressão nossa, de que “os seres humanos estão muito estranhos”, frase de autoria incerta, ou a reflexão de alguém, ao notar hipocrisias e falta de empatia, como a atitude de virar as costas para quem precisa de ajuda. É essa chamada realidade que começa a emergir, deixa-nos muito preocupados, por começar a assistir a um retrocesso nos valores e nos princípios que nos deparamos. É bom repensarmos isto enquanto estamos vivos!
Esta singularidade e, por vezes, a irracionalidade e a hipocrisia que tornam as pessoas "estranhas" aos olhos de outras, dizem-nos que isso não é um problema, mas temos a certeza que algo está errado – mas como podemos saber caso não tentamos encontrar uma solução? Como disse na frase de Albert Einstein em que sugere, "não se pode encontrar a solução de um problema, usando a mesma consciência que criou o problema. É preciso elevar sua consciência". O acto de não desistir é que não está nem nunca esteve em causa, como destacado em frases sobre persistência, é o que permite que se chegue a uma solução, mesmo que demore. Há uma máxima de Sócrates, que se torna conveniente aqui relembrar : "Só sei que nada sei, e o facto de saber isso, me coloca em vantagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa.”
Esta frase exemplifica, na nossa opinião, a ideia de que o reconhecimento da ignorância é o primeiro passo para a busca do conhecimento e, consequentemente, duma solução, na importância de uma vida com sentido e significado e a necessidade de nos transformarmos quando não podemos mudar as circunstâncias que nos rodeiam.“ Durante a nossa vida: Conhecemos pessoas que vêm e que ficam, outras que vêm e passam. Existem aquelas que vêm, ficam e, depois de algum tempo, se vão. Mas existem aquelas que vêm e se vão com uma enorme vontade de ficar...”(Charles Chaplin)
sábado, agosto 23, 2025
“Nós somos as nossas escolhas. Não fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que somos.”(Jean-Paul Sartre)
“Nós somos as nossas escolhas. Não fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que somos.”(Jean-Paul Sartre)
Hoje vivemos num mundo em que “parece” que toda a gente tem uma opinião e algumas são mais informadas que outras, todos temos a noção, que nas “chamadas redes sociais” proliferam os “que sabem de tudo” e que “falam” ou “escrevem” sobretudo sem qualquer conhecimento ou saber, tendo por base apenas a sua opinião e que têm um papel crucial na formação da opinião publica e cada palavra conta!. Como disse Aristóteles:”O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.” Malucos sempre houve….e “não estamos no fim do mundo” ….já vivemos muitas mudanças….ou seja em cada momento da nossa vida há coisas que fazem mais sentido!
Uma das minhas máximas, é que “quem sobrevive não são os mais fortes, nem os mais inteligentes, mas os que se adaptam melhor às mudanças”, (Charles Darwin) por isso acho que essas coisas das “redes socias”, onde toda a gente tem o direito de opinar, vai acabar, numa era da chamada, “ Inteligência Artificial”, porque não se justifica que um “tonto qualquer” dê a sua opinião.
Nós descobrimos sempre a melhor maneira de lidar com as coisas! Temos a noção que esta é uma afirmação optimista sobre a capacidade humana de aprender e de se adaptar ás circunstâncias da vida e é uma crença na nossa própria resiliência e capacidade de superação. Como disse William Shakespeare: "Toda a experiência é uma lição, mesmo que não pareça."
Segundo a minha leitura, uma forma popular de dizer que se a pessoa não está preparada para a pressão ou para as condições adversas, é melhor ficar de fora, tem origem numa declaração do ex-presidente dos USA, Harry S. Truman, e popularizou-se como um ditado, frequentemente usada em contextos em que se discute a capacidade de uma pessoa de lidar com situações de stresse ou desafios: "Se não aguentas o calor, não entres na cozinha", o significa que, se alguém não consegue lidar com situações difíceis ou pressão, não se deve envolver em tarefas que exijam lidar com essas dificuldades.
Temos a perceção que é impossível ser forte o tempo todo. Nos altos e baixos da vida, teremos muitos momentos de tristeza e insegurança. Mas lembremo-nos de que eles só nos vão abater, se o permitirmos! Muitas vezes esta é a maneira de a vida nos ensinar lições muito valiosas que não teríamos aprendido de outra forma. “Nem sempre é necessário tornar-se forte. Temos que respirar as nossas fraquezas.”(Clarice Lispector)
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